O que significa a palavra “kleos”?
Essa é uma das perguntas que mais ouvimos dos nossos clientes e seguidores. Se você chegou a esta página sem ter passado pelo “QUEM SOMOS”, é porque provavelmente se pegou perguntando a mesma coisa, e alguém te direcionou para cá.
E quer saber? Vai ser um prazer te dar essa resposta!
Kleos é uma palavra grega que não tem uma tradução exata para o português. Se formos simplificar, podemos dizer que significa “glória”, mas não é qualquer tipo de glória, e sim aquela que ecoa para além da vida, que transcende a nossa própria existência.
Ficou complicado? Este trecho da Ilíada, uma das obras mais importantes da mitologia grega, explica o kleos melhor do que ninguém…
Quando o grande guerreiro Aquiles foi convocado para a lendária guerra de Tróia, ele não foi direto para a batalha. Em vez disso, ele foi se consultar com sua mãe, a deusa Tétis, que conseguia prever o futuro, e ela disse algo que mudaria para sempre o curso da vida dele:
“Filho, se você resolver ficar por aqui, eu te garanto que a sua vida será bem confortável. Você vai conhecer uma mulher maravilhosa, que vai te dar filhos lindos e muito saudáveis. Você terá o privilégio de viver o bastante para conhecer os seus netos e morrerá bem idoso. Seus bisnetos ainda ouvirão falar sobre você, mas a partir da geração seguinte, ninguém mais irá mencionar o seu nome, você vai deixar de existir. Agora, caso você decida partir para Tróia, você não irá voltar de lá com vida. Na melhor das hipóteses, você viverá mais uma década. Contudo, os seus feitos serão tão relevantes que você irá atingir a kleos e deixar um legado que se perpetuará por séculos e mais séculos, porque o seu nome vai entrar para a história”.
Resultado? Aquiles partiu para Tróia, porque essa era a filosofia dos guerreiros daquela época. Eles preferiam morrer jovens, porém lembrados para sempre por causa de seus atos gloriosos, do que atingirem a velhice sem terem feito nada de relevante e morrerem como “Zés-Ninguéns”.
Dizem que todo ser humano morre duas vezes: uma quando desencarna e outra quando seu nome é falado pela última vez. Quando sua vida é vivida de maneira autêntica, com propósito real, você atinge a kleos, cria um legado e continua vivendo através das pessoas que vão se inspirar no seu exemplo e/ou se beneficiar com as suas obras — mesmo que tenham se passado décadas desde o seu último dia na Terra.
Essa necessidade de deixar um legado está gravada no nosso DNA; ela faz parte da nossa “configuração de fábrica”. Inclusive, é por isso que muitos têm medo da morte — porque, em algum momento, essas pessoas se conscientizaram de que a vida é um sopro e ainda não fizeram nada de relevante para serem lembradas depois de partirem. Quem vive uma vida plena, com propósito e significado, não costuma temer a morte, por causa da sensação de “missão cumprida”.
Foi exatamente por isso que batizamos a nossa escola de Instituto Kleos: porque queremos ir muito além de te ajudar a reescrever a sua história. Queremos te ver atingindo a sua kleos e criando um legado que, com certeza, vai tocar muita gente e fazer a diferença no mundo!
Ok, essa é uma pergunta que, até o presente momento, nós ainda não recebemos – mas, para tudo, existe uma primeira vez, não é mesmo? Melhor prevenir do que remediar…
O centauro da nossa logo é Quíron, personagem da mitologia grega que o psicoterapeuta suíço C. G. Jung chamou de “curador ferido”. Ele usou essa expressão para explicar um paradoxo que afeta muitos terapeutas, psicólogos, psicanalistas e coaches: apesar de ajudarem a curar os problemas de várias pessoas, eles também já foram bastante machucados pela vida, e algumas dessas feridas não se fecharam completamente. Elas continuam doendo até hoje, e eles seguem trabalhando para curá-las.
Na lenda, Quíron foi atingido por uma flecha envenenada que provocou uma ferida que nunca cicatrizava e causava muita dor. Mesmo sendo um grande curador, todas as suas tentativas de curar a si mesmo (e não foram poucas) fracassaram. No entanto, aqui está a verdadeira beleza da história: os remédios e tratamentos que o centauro desenvolveu tentando curar sua própria ferida acabaram salvando a vida de várias outras pessoas!
Jung percebeu que muitos profissionais da saúde mental (e, hoje em dia, também do desenvolvimento pessoal) escolheram trabalhar nessa área por causa de suas próprias feridas internas — e é graças a elas que conseguem compreender e ajudar o próximo.
No Kleos, somos todos curadores, mas não se engane: também carregamos nossas cicatrizes. Apesar do nosso preparo técnico para te guiar, somos humanos e, mesmo tendo superado muitas dificuldades, continuamos lidando com nossas próprias batalhas pessoais. Quíron faz parte de quem somos e é por isso que ele está na nossa identidade. Acreditamos que nossas feridas, assim como as suas, são um ingrediente fundamental para ativar a alquimia da transformação.